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domingo, 2 de agosto de 2009

Adoração e devoção: a constante dedicação da vida

Devoção deixou de ser uma palavra usual no vocabulário evangélico contemporâneo. Talvez porque outros termos, considerados mais “espirituais”, tenham adquirido certa predileção em nossa terminologia religiosa: unção, bênção, visão, vitória, santificação, poder, avivamento, revelação etc. Porém, trata-se de um termo que nos ajuda muito a esclarecer o sentido da adoração e a evitar equívocos interpretativos.

Algumas pessoas já me ouviram usar a expressão “devotos de Jesus” para referir-me aos discípulos do Senhor. Ao dizer ou ouvir esse jargão não consigo conceber a idéia de pessoas que assimilaram apenas princípios teológicos teóricos ou históricos — mas indivíduos profundamente conectados à pessoa de Cristo. Na vida cristã, um dos alvos é crescer em maturidade a fim de nos tornarmos semelhantes a Jesus. E a devoção certamente é o caminho para esse crescimento espiritual.

Não há como adotar uma atitude de devoção sem que haja algum tipo de afinidade com Deus. Identificação — seja ela qual for: de caráter, ideológica, de tradição ou em relação a um benefício que se pode obter — é um fator básico nesta relação. Por isso mesmo é que um desejo de conhecimento íntimo deve invadir inicialmente o coração do devoto. De imediato, somos desafiados a nos oferecermos ao Deus com quem nos relacionamos.

Esse pacto com Deus se inicia no coração do devoto. É por isso que palavras como sacrifício, entrega e rendição são essenciais na adoração — “não há como servir [adorar; devotar-se] a dois senhores” (Mt.6:24). Se quisermos descobrir a quem estamos adorando ou nos devotando, é só checar nossas prioridades de tempo, energia, relacionamento, dinheiro e recursos. Do coração de um devoto é que surge respeito, temor, lembrança e obediência.

Atualmente, percebo que pouco se fala ou se questiona sobre a vida devocional dos crentes — quando isso acontece, o sentido se volta para a prática de “momentos específicos”, leitura bíblica e oração individual. Mas esse entendimento, que faz parte do costume evangélico de “compartimentalizar” sua espiritualidade, representa uma pequena parte da vida devocional.

Renovamos nossa devoção à Deus quando fazemos dessa atitude nosso ritual de subsistência espiritual: estudamos a Palavra de Deus; oramos; nos relacionamos com a Igreja, com a família e com o mundo; participamos da adoração congregacional; valorizamos a vida. Nossa experiência devocional se renova em nossa contínua relação com Deus, e é materializada, sobretudo, na prática do serviço e do amor. A adoração nos convida a freqüente e espontaneamente reatar os laços de dedicação. Por isso é que se trata de um culto racional.

Penso que um bom exercício de devoção seria dedicarmos diariamente a Deus nossa existência, numa atitude de entrega e abnegação totais, manifestando um estilo de vida prático que o glorifique, transmita sua graça e misericórdia aos outros seres e que faça de nossos períodos de adoração autênticos encontros de alegria, gratidão, expectativa e transformação.



Por Celso Tavares.

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